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Sem cultura organizacional sólida, mais desafios na pandemia

Com equipes à distância, participação e colaboração tornaram-se os maiores ativos das empresas

Uma cultura organizacional sólida, um dos ativos imateriais das empresas, se fez, em 2020, mais do que nunca algo fundamental. Desde que a principal medida de segurança para o combate e prevenção da Covid19 foi afastar os funcionários dos escritórios e adotar o trabalho remoto, as organizações que não cultivaram ou construíram uma robusta cultura organizacional enfrentam desafios.

Na avaliação de Hugo e Miguel Nisembaum, da consultoria Mapa de Talentos, as lideranças precisam ter um propósito claro e manifestar valores e princípios com muito mais veemência em tempos de incerteza. “As decisões sobre quem somos e quem queremos ser foram aceleradas”, dizem.

“Confiança e colaboração são a cola da cultura organizacional” – Hugo e Miguel Nisembaum

Entregar valor ao cliente é algo que acontece cada vez mais em rede (acelerado pelo momento). E esse valor se manifesta com mais força se o funcionário tem um senso de pertencimento à organização. Dessa forma, os líderes que excessivamente centralizaram decisões, estão enfrentando dificuldades, dizem os Nisembaum. As empresas precisam, agora, da confiança e colaboração das equipes à distância. “Confiança e colaboração são a cola da cultura organizacional”.

As empresas que sempre investiram em programas e ações para construírem sua cultura organizacional colhem, neste período de pandemia, coesão da equipe, lideranças mais preparadas, funcionários com autonomia para propor e executar soluções e resilientes diante de situações adversas.

Para Miguel e Hugo, as organizações que se preocuparam em oferecer estrutura física, como equipamentos, obtiveram aumento de qualidade nas entregas. Situações como o gato que pula em frente ao computador no horário de uma reunião por vídeo chamada, ou a aparição de crianças, quando encaradas com leveza, podem até aumentar a conexão e companheirismo com os colegas de trabalho.

Os pontos fortes da empresa e o que ela quer ser, sua visão e seu propósito quando bem manifestados na cultura organizacional se mostraram um diferencial nesta pandemia, além de melhorar como a organização é percebida entre os clientes e mercado.