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Trainees, estagiários e jovens aprendizes têm em seus gestores e lideranças a responsabilidade sobre seu desenvolvimento e capacitação.

A eles cabem os desafios de gerenciar essa mão de obra, disponível em abundância no mercado de trabalho e presente praticamente na totalidade das empresas. Capacitar e esgotar o potencial de desenvolvimento dessa força de trabalho em benefício da empresa depende de visão sistêmica dos gestores.

Mas como as organizações têm lidado com esse perfil? Com perspectiva de retenção ou de substituição? Quanto em recursos materiais e humanos são empenhados para treinar esses trabalhadores, contratados pelas empresas, em algumas situações, em função de força de lei? Estariam as empresas desperdiçando recursos – tempo e investimento – quando poderiam reverter o potencial desses trabalhadores em benefício da produtividade, qualidade e fortalecimento da marca empregadora?

De acordo com dados obtidos na última atualização da Pesquisa Nacional de Remuneração, Benefícios e Práticas de RH do Agronegócio, 96% das 138 empresas participantes contratam jovens aprendizes. 81% têm programas de estágio e 56% contam com trainees.

Na avaliação do consultor da Wiabiliza, Gilson Nogueira, é preciso que os gestores e lideranças enxerguem os jovens talentos com propósito e finalidade e isso significa possuir “visão sistêmica das reais necessidades da empresa”.

“Quando lidamos com trainees, estagiários e jovens aprendizes, talvez seja o momento de líderes e gestores se questionarem se estão à altura dessa missão, uma vez que o desperdício do potencial desses jovens pode comprometer ganhos e competitividade, além de pôr em xeque a própria capacidade de liderança”, alerta.

Ser líder é capacitar e liderar pessoas, acompanhar resultados e, ao treinar jovens talentos, o desafio é ainda maior, pois se bem orientados, se revertem em mão de obra que amadureceu sua habilidade dentro da empresa, absorveu sua cultura, mas que pode ser perdida para a concorrência depois de recursos e tempo empreendidos. “Esse é o pior dos erros que um gestor pode cometer”, diz o consultor.

Capacidade de gestão, visão sistêmica, entendimento do negócio, liderança de pessoas com foco no resultado são algumas das habilidades indispensáveis às lideranças responsáveis por trainees, estagiários e aprendizes, afirma Gilson.

“É preciso otimizar recursos de desenvolvimento de fato, evitar o sub aproveitamento dos jovens trabalhadores e o desperdício de recursos financeiros, pois são os trainees, estagiários e jovens aprendizes a força de trabalho qualificada que pode faltar às empresas amanhã”.

Conheça os números da Pesquisa Nacional de Remuneração, Benefícios e Práticas de RH do Agronegócio, mensurados em Abril/2022

Participaram da pesquisa 138 empresas dos setores do Agronegócio e Sucroenergético. A Wiabiliza avaliou 655 cargos, 27 práticas e indicadores de RH, 11 benefícios, além de explorar 26 áreas do segmento.

Entre os resultados, destacamos: 96,5% das empresas oferecem seguro de vida; 95%, assistência médica; 90% das organizações garantem vale refeição e 78%, o vale alimentação; já 76,5% das participantes oferecem auxílio odontológico, auxílio educação 54%. Destaque deste artigo, a previdência privada tem um índice de 28,5%.

Continue acompanhando nossa série de artigos sobre os dados levantados na Pesquisa. Para ver o texto anterior, clique aqui.