Remuneração Variável, Versátil e Adaptativa
Remuneração variável versátil, nominal competitiva e programa de metas: entenda como essa combinação pode formar uma atraente composição salarial.
Apesar de influenciar na atração, retenção e engajamento de profissionais de todos os níveis, vincular metas à remuneração e ser versátil quando empregada na composição salarial dos colaboradores, a remuneração variável é utilizada por apenas 50,5% das empresas do Agronegócio e Sucroenergético.
Segundo o consultor da Wiabiliza, Gilson Nogueira, “49,5% do mercado pesquisado não tem olhado para o quão estratégica é a implementação de um programa de remuneração variável e as oportunidades de otimizar produtividade, melhorar qualidade, desenvolver pessoas e racionalizar custos com folha de pagamento”, estratégias que essa forma de remuneração permite.
A Pesquisa Nacional de Remuneração, Benefícios e Práticas de RH do Agronegócio, em sua análise de 2022, mensurou que 40% das empresas sequer implantaram o programa de participação nos resultados, o PLR (remuneração variável paga aos funcionários diante de cumprimento de metas e alcance de produtividade definidos no planejamento estratégico).
As empresas que só oferecem o salário nominal como forma de remuneração podem estar despendendo muito mais com a folha de pagamento e, diante de uma crise, ter de demitir grande parte de seu pessoal, alerta Nogueira.
Segundo o consultor, uma possível estratégia de remuneração é as empresas oferecerem um salário nominal competitivo, aliado à remuneração variável inteligente e versátil, que leve a empresa a acelerar os resultados definidos em seu planejamento estratégico.
Composições salariais
Para Nogueira, além de combinar o salário nominal competitivo com a remuneração variável, há outros fatores que podem influenciar na atração, retenção e desenvolvimento de pessoas e no cumprimento de metas definidas pelas organizações. “Oferecer alta remuneração pode não ser suficiente”, alerta o consultor.
A remuneração variável é uma ferramenta importantíssima e deve ser utilizada de forma estratégica e adaptativa a cada negócio, pois reconhece financeiramente os resultados planejados pela organização e atingidos por todos.
Remuneração variável como parte de um pacote de estratégias
Vale frisar que a remuneração variável é uma das vertentes da remuneração estratégica, pois existem outros componentes de gestão de pessoas importantes como, por exemplo, um bom clima organizacional, transparência na definição de papeis, responsabilidades, alinhamento de expectativa com os times, processos claros e objetivos de competência e desempenho, aliada a lideranças preparadas. “Esses são bons caminhos para a obtenção de ótimos resultados corporativos”, ressalta o consultor da Wiabiliza.
Além da possibilidade de todas estas combinações, a versatilidade dessa prática permite que as empresas a adote para atrair e reter cargos de diferentes segmentos no mercado, dessa forma reforçando sua marca empregadora e sendo um hub de atração de bons profissionais.
“É essencial que as empresas conheçam os seus desafios no que tange a gestão de pessoas, seja em atração, retenção, remuneração, produtividade, engajamento, desenvolvimento etc, pois as combinações de remuneração variável são adaptáveis a cada cenário. Não há fórmula pronta e esta pode ir desde uma PLR/PPR tradicional a um ILP (Incentivo de Longo Prazo), por exemplo”, explica Nogueira.
“A remuneração variável deve ser compreendida como um componente estratégico para atrair e reter os cargos mais disputados, escassos ou com maior rotatividade no mercado de trabalho”, finaliza o consultor da Wiabiliza.
Este é mais um artigo da série de análises e insights obtidos através da Pesquisa Nacional Contínua do Agronegócio. Para ver os artigos anteriores, visite o Wiablog. E não deixe de nos acompanhar. Semana que vem teremos mais novidades!