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Auxílio educação: a Wiabiliza apresenta o segundo artigo da série sobre BENEFÍCIOS, a partir da Pesquisa Nacional de Remuneração, Benefícios e Práticas de RH do Agronegócio.

Entre as 138 empresas participantes dessa Pesquisa, cuja primeira análise pode ser acompanhada aqui, com indicadores mapeados pela Wiabiliza em abril de 2022, 54% delas oferecem a seus colaboradores o auxílio educação. Mas esse benefício tem sido aplicado com base em decisões estratégicas, como o fortalecimento e amplitude da marca da empregadora?

Auxílio educação: é necessário utilizar com estratégia

Segundo o consultor da Wiabiliza, Gilson Nogueira, o auxílio educação é um benefício que precisa ser utilizado com inteligência e alinhado às necessidades do negócio de cada organização.

Ele explica que, nos programas de desempenho, o Planejamento de Desenvolvimento Individual (PDI) deve obrigatoriamente se conectar com um plano sistêmico de desenvolvimento por meio da educação, seja ela patrocinada pela empresa ou estimulada por ela, uma vez que está no papel da companhia proporcionar clareza e caminhos para o desenvolvimento de todos os seus colaboradores.

O auxílio educação oferece potencial para ser mais do que um benefício meramente utilizado como subsidiário de cursos custeados pelas empresas.

Explica o consultor da Wiabiliza que a visão estratégica do negócio e a utilização assertiva do auxílio educação são determinantes como ferramentas que podem trazer benefícios para a organizações e para as pessoas.

Baixo percentual de adesão no setor

Nogueira prossegue: para as empresas, o orçamento do auxílio educação necessita estar alinhado ao negócio e as metas futuras de produtividade, somando-se a isso a concorrência, os gaps e a capacitação da mão-de-obra. “O percentual de 54% das empresas que oferecem o auxílio educação é baixo, deveria ser de 100% e, além disso, esses recursos não têm sido amplamente utilizados como deveriam”.

Quanto aos benefícios aos funcionários, Gilson alerta que, ao capacitar seu pessoal, a organização exerce função social que se reverte em fortalecimento da marca da empregadora. “Capacitar a pessoa é lhe oportunizar conhecimento. E esse conhecimento gera impacto social para sempre na vida desse colaborador”.

Ele ainda explica que o impacto social gerado nos colaboradores se expande e pode ser revertido em benefício da marca da empresa. Mas para a obtenção positiva deste efeito, é preciso que o benefício educação seja oferecido com base em estratégia e orientado para o entendimento do negócio por parte dos gestores de recursos humanos de cada organização.

O auxílio educação é uma ferramenta de atração e retenção

As empresas devem identificar entre seus quadros quais colaboradores precisam ser estimulados e quais precisam ser desenvolvidos. Mas não é só isso, alerta o consultor. O auxílio educação deve ser implementado como ferramenta estratégica de remuneração, com a finalidade de atrair e reter toda a mão de obra capacitada e desenvolvida. Se não houver esse entendimento do negócio, a empresa “corre o risco de ser usada como escola e o ver seu funcionário migrar para o concorrente”.

Gilson Nogueira: “O RH precisa perceber o uso estratégico do auxílio educação”

Ele continua: “é muito importante que o RH perceba o negócio de sua empresa e entenda a relevância do uso estratégico desse benefício”.

Ao vincular o auxílio educação à efetiva necessidade do negócio, à sua perspectiva de crescimento, à tendência de mercado e ao impacto social gerado na região em que a empresa está instalada, esta colherá como resultados o fortalecimento de sua marca, a atração e a retenção e, consequentemente, obterá melhores resultados no negócio como um todo.

CONHEÇA OS NÚMEROS DA PESQUISA NACIONAL DE REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E PRÁTICAS DE RH DO AGRONEGÓCIO, COM INDICADORES DE ABRIL /2022

Participaram da pesquisa 138 empresas dos setores do Agronegócio e Sucroenergético. A Wiabiliza avaliou 655 cargos, 27 práticas e indicadores de RH, 11 benefícios, além de explorar 26 áreas do segmento.

Entre os resultados, destacamos: 96,5% das empresas oferecem seguro de vida; 95%, assistência médica; 90% das organizações garantem vale refeição e 78%, o vale alimentação; já 76,5% das participantes oferecem auxílio odontológico.