Programa de remuneração: ferramenta viva e estratégica
O programa de remuneração é uma ferramenta viva e precisa caminhar junto às estratégias das empresas
A Pesquisa Nacional de Remuneração, Benefícios e Práticas de RH do Agronegócio, conduzida pela Wiabiliza, em abril de 2022 mensurou que apenas 64% das empresas desse setor praticam e desenvolvem programas de remuneração. Esse percentual chamou a atenção da consultora da Wiabiliza, Angela Oliveira.
Ela explica que o programa de remuneração é um meio e não um fim e, quando não implementado, cria-se um obstáculo para as organizações, como a dificuldade em diagnosticar onde e porque há menor produtividade e retenção, ou se faltam outros programas de gestão de pessoas para capacitar e desenvolver os colaboradores.
Angela cita, por exemplo, o caso de uma empresa que precisa ampliar a quantidade de moagem da cana-de-açúcar e, para isso, adquire equipamentos modernos. Enquanto o Departamento Pessoal (DP) deve cuidar dos procedimentos legais e burocráticos na contratação de novos operadores, o RH precisa assegurar processos adequados de seleção, remuneração e qualificação desses profissionais. “Esses dois setores precisam dialogar para que as operações atinjam o melhor resultado para as empresas”, explica a consultora.
Ainda segundo ela, sem o programa de remuneração, as empresas podem onerar desnecessariamente suas folhas de pagamento a partir da falta de clareza na distribuição de papéis e responsabilidades, sem contar com a dificuldade de extrair melhores resultados através dos fluxos e processos internos.
Programa de remuneração: Não deve ser um “apagador de incêndios”
“Muitas organizações contratam programas de remuneração para “apagar incêndios”; por exemplo, quando detectam um alto turnover ou precisam corrigir distorções salariais para alinharem-se ao eSocial. Mas o programa de remuneração é uma ferramenta viva e precisa caminhar lado a lado com as estratégias das empresas”.
Mesmo que as organizações tenham suas áreas de departamento pessoal, “é preciso sempre fazer mais em razão das exigências competitivas dos mercados e, nem sempre, o DP é o setor que dará conta de definir e implementar estratégias”, diz Angela.
Segundo a consultora, existem riscos em cada operação empresarial e, por isso, o sucesso do negócio demandará programas de capacitação e treinamento de lideranças, implementação de remuneração variável, avaliação de resultados e competências e demais ferramentas. E todas elas advêm pós diagnóstico de um programa de remuneração estruturado através de um RH com visão estratégica.
Enquanto o DP tem a responsabilidade de “blindar legalmente” a organização nos aspectos trabalhistas, previdenciários e de segurança do trabalho, o RH garante processos de atração, seleção, remuneração e qualificação adequados para que as pessoas certas estejam nos cargos certos, com remuneração equilibrada internamente e alinhada às condições de mercado.
Programa de Remuneração: Atuação em sincronia é fator chave
“O ideal é que as empresas tenham os dois atuando em sincronia para transformar o programa de remuneração tanto numa ferramenta que garanta o atendimento à legislação, como também os níveis de eficiência e competitividade das organizações”.
Veja alguns números da Pesquisa:
Caro leitor, este é o sexto artigo da série de análises de resultados das pesquisas Wiabiliza. Você pode acompanhar os artigos anteriores clicando aqui.
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