Home office: Empresas planejam ampliar depois da crise

Home office: Empresas planejam ampliar depois da crise

Os mais de dois meses de quarentena e isolamento social despertaram lideranças de empresas para a viabilidade de ampliar o home office para outras operações administrativas. Com isso, subordinados que hoje são mais dependentes das vozes de comando de seus superiores, precisam se preparar para assumirem mais responsabilidade. Quem faz o alerta é o Presidente da Wiabiliza Consultoria Empresarial, Jorge Ruivo, profissional com mais de 35 anos de experiência em mercado corporativo.

A afirmação de Ruivo tem base nos cenários que as empresas vêm anunciando: com funcionários em home office, entregas perderam qualidade, tiveram de ser refeitas ou demoraram mais. O motivo foi a ausência de processos e de treinamento da equipe, além da dificuldade das lideranças em comandarem seus subordinados. Longe das chefias por conta do home office, funcionários passaram a depender de contato constante, aguardando o comando online para dar prosseguimento aos processos, o que causou retrabalho, atrasos e queda da qualidade.

As empresas entenderam que a partir de agora é melhor ter profissionais preparados, capacitados, o que se traduz em autonomia para, sozinhos, de suas casas, apresentarem melhores resultados. “Isso é o que foi percebido nessa quarentena”, diz Ruivo. “As empresas que tinham em seus quadros pessoal mais preparado, sofreu menos no quesito entrega”.

Empresas planejam ampliar home office depois da crise
“A mão-de-obra que pode executar o trabalho em casa será mais utilizada a partir de agora”

Segundo o Presidente da Wiabiliza, a prioridade das organizações será capacitar os profissionais para que sozinhos consigam tocar sozinhos suas tarefas de casa. Isso porque, o cenário imposto pela quarentena fez com que as empresas olhassem o home office como uma alternativa interessante, explica Ruivo. “A mão-de-obra que pode executar o trabalho em casa será mais utilizada a partir de agora”. O Presidente da Wiabiliza já prevê que, quando as atividades nas empresas voltarem ao normal, esse será o momento do novo modo de operação ser posto em prática. “Em função da crise, adotar o trabalho remoto foi uma necessidade que acabou abrindo uma avenida, até para empresas que nunca haviam cogitado fazê-lo”.

Para alguns líderes, a crise provocada pela pandemia os fez trabalhar dobrado. Isso porque, muitos funcionários não estavam preparados e não dominavam a sequência de tarefas adequadas para o home office. “Ouvi lideranças lamentarem que ‘se tivessem processo, seria tudo mais fácil’”, lembra Ruivo.

Se o home office veio para ficar, isso significa que para atender a demanda das organizações, os funcionários precisarão buscar especialização e ganhar experiência de forma mais rápida, requisito antes não exigido pelo fato de as orientações serem passadas de forma presencial, geralmente pelo líder, que também será reposicionado, explica Ruivo.

Os funcionários estarão em um patamar mais elevado por terem de entregar as demandas com autonomia, cabendo às lideranças um olhar para a estratégia da empresa, e não apenas para as operações cotidianas. “O líder terá de ajudar o subordinado a se tornar protagonista do seu trabalho e, dessa forma, permitindo uma divisão mais racional do que tem que ser entregue por cada um”.

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