Gestão Empresarial: Novos modelos X COVID-19
CEOs, estejam preparados para garantirem a continuidade sustentável das operações de suas organizações através de mudanças de Gestão Empresarial. O alerta é do Presidente da Wiabiliza, Jorge Ruivo, profissional com mais de quarenta anos de experiência em consultoria empresarial. Garantir a sobrevivência das empresas e sua recuperação é a missão que neste momento recai sobre esses executivos.
A paralisação de plantas industriais e o isolamento social impostos pela COVID-19 exigem uma moderna revisão de gestão empresarial, afirma Ruivo. E essa revisão envolve jogar luz para as hierarquias das empresas que, diante de uma fase tão delicada como a que estamos atravessando, exige velocidade na comunicação para a tomada de decisões e uma estrutura organizacional muito complexa pode significar a perda de recursos e de oportunidades. Outro aspecto levantado por Ruivo é a possibilidade que as organizações estão tendo de revisarem suas estruturas pelo motivo de grande parte dos funcionários, principalmente do setor administrativo, estarem executando suas funções em home office.
Nos próximos anos, as empresas, inevitavelmente, passariam por uma intensa e profunda automação, que envolveria inteligência artificial e a racionalização de operações, explica Ruivo. Porém, o coronavírus veio para acelerar a automação. Diante desse novo cenário, as organizações terão poucas opções. Ou revisam seus processos ou sucumbirão.
Gestão Empresarial orientada a resultados
Daqui para a frente, os CEOs terão de voltar seus esforços para suas entregas, seus resultados e para a sobrevivência das empresas que estarão sob sua responsabilidade, afirma o Presidente da Wiabiliza. Com os resultados de 2020 já comprometidos por conta da COVID-19, não há mais tempo a perder. O caminho é a revisão dos processos de gestão. “Os CEOs necessitarão de pessoal treinado ao seu lado, com visão de negócio e comprometido em resolver os problemas de forma rápida, e isso se consegue com gestão enxuta e eficiente”, diz Ruivo. Ele explica que a automação é um modelo de gestão que garante agilidade e precisão com o menor retrabalho e custo.
“Devido ao tempo que as empresas estão paradas, os próximos meses deverão ser no sentido de racionalizar custos, estratégia que a revisão moderna de gestão pode garantir”. Um moderno modelo de gestão envolve revisar a estrutura organizacional para unir áreas e operações. Hierarquias complexas ampliam a distância entre comunicação e ação. É preciso encurtar a comunicação entre quem lança a voz de comando e quem faz acontecer, ou seja, entre o CEO e o nível de liderança que agiliza a operação, alerta Ruivo. “Não há tempo para parar e pensar, a ação é para ontem! Enxugar custos é a única maneira de sobreviver agora”.
Hoje, os CEOs que estão conseguindo manter os funcionários em home office vislumbraram um outro formato de trabalho, então por que não integrar essa alternativa na estrutura da empresa? Por que pagar aluguéis para grandes estruturas, se é possível diminuir o espaço de locação? Quanto essa empresa economizaria com aluguel em um ano?, questiona Ruivo.
Integrar o home office se revela uma nova forma de arquitetura da informação. Mas as empresas terão de oferecer estrutura aos empregados. Além da internet e equipamentos, serão necessários processos, para que possam executar com precisão suas tarefas, sozinhos, sem dependerem do CEOs ou estarem recorrendo a todo momento à comunicação com suas lideranças. O funcionário deve ser treinado para executar todas as etapas de sua função para realizar uma entrega.
Deve haver processo na comunicação empresarial
“O grande problema das empresas hoje é comunicação, porque não é fluída, não é precisa, não tem processo, enquanto há muitos níveis hierárquicos. A demanda que começa no chão da fábrica, até chegar no diretor industrial, leva muito tempo”. A revisão dos processos, da gestão, da estrutura hierárquica e de comunicação, a terceirização, a automação e o home office são estratégias que se colocam na pauta deste momento, nunca antes experimentado, para a sustentabilidade das empresas, explica Ruivo.
A sobrevivência das organizações, com maior ou menor dificuldade, também será testada pelo tempo que a quarentena durar. Há de surgir o comprometimento entre governos e empresários para soluções que flexibilizem a retomada dos negócios. Um exemplo de flexibilização seria a responsabilidade assumida pelos empresários de que todo o seu pessoal use máscaras de proteção, sob pena de somente sobreviverem os grandes conglomerados econômicos que têm pulmão e oxigênio para suportarem mais tempo, enquanto a maioria formada por micros, pequenas e médias empresas fecharem definitivamente suas portas.
Se isto acontecer, teremos uma convulsão social com número de desempregados sem precedentes. O que se vê é mais uma briga política e oportunismo para novas eleições, realidade sistematicamente noticiada pelos veículos de comunicação. Triste realidade a que vivemos, mas pode e deve ser modificada, basta lideranças empresariais se juntarem e discutirem saídas urgentes.