Companhias treinam os RHs para o eSocial

Por Letícia Arcoverde | De São Paulo

18/12/2017

 

Na reta final à adoção do eSocial, que passará a ser obrigatório em janeiro de 2018 para companhias com faturamento acima de R$ 78 milhões e em julho para as demais, a maioria das empresas ainda está treinando suas equipes para o novo sistema ou contratando profissionais especializados para se adaptar às mudanças.

Os dados são de levantamento da consultoria Wiabiliza, com 740 empresas, a maioria dos setores de agronegócio e indústria. Mais de 70% delas estão treinando suas equipes do departamento de pessoas para atender às demandas do eSocial e se adaptar às novas regras da reforma trabalhista, enquanto 68% estão contratando funcionários com conhecimento do
do assunto. Em 41% dos casos, elas estão buscando suporte externo para garantir o cumprimento dos prazos, como apoio de consultorias. Em 18%, no entanto, ainda não foi realizado nenhum estudo sobre o impacto das mudanças.
O eSocial, Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, é um programa que exige que empresas enviem, com frequência maior e de forma unificada, dados dos empregados relativos a vínculos trabalhistas, contribuições previdenciárias, folha de pagamento e dados pessoais, entre outros. O sistema, anunciado em 2014, teve a implementação adiada diversas vezes.
Segundo a pesquisa, mais de 50% das empresas detectaram a necessidade de maior planejamento para identificar o impacto exato do eSocial. Boa parte diz estar fazendo testes na plataforma de folha de pagamento, o que representa apenas uma parcela das exigências, e 28% ainda estão começando a se envolver para identificar os impactos do eSocial no dia a dia.

A percepção de Jorge Ruivo, presidente da Wiabiliza, é que as empresas ainda não estão preparadas o suficiente para as mudanças previstas para o ano que vem. Na sua visão, além das equipes de RH dedicadas ao envio das informações, será necessário treinar os gestores para garantir que os dados de suas equipes estejam em ordem, para evitar atrasos em processos como o de admissão. Só 18% das companhias dizem estar promovendo treinamentos com os gestores. “Se a empresa está em vários lugares e unidades, o RH não vai ter como cobrir toda essa quantidade de pessoas”, diz Ruivo.
 

 

 

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