Wiablog

Estão em curso grandes transformações que provocarão impactos nas estruturas de produção e de trabalho em escala global.

Após passar este momento, e ainda mesmo dentro dele, devemos avaliar as maneira de contribuir com as Empresas sobre novas formas e regras de trabalho.
Forçadamente, vemos grande parte das Empresas agirem muito rápido para cumprir as determinações da OMS – Organização Mundial de Saúde, permitindo que seus Colaboradores prossigam trabalhando de suas residências – o home office – que pode trazer consequências nefastas àqueles que:

Como Colaborador:

• não mantiver disciplina de horário e entregas dos trabalhos;
• não tiver processos e procedimentos para realização de atividades sem supervisão;
• não possuir recursos e infraestrutura para o trabalho (como notebook, telefone, links de acesso);
• não tiver local adequado para atuar dentro de sua casa, prejudicando suas atividades com interrupções constantes de familiares, que também não estão acostumados em lidar com alguém que precisa trabalhar no mesmo ambiente familiar;
• não preservar informações relativas a dados confidenciais;
• não adotar critérios mínimos de desenvolvimento de suas responsabilidades.

Como Gestor:

• não desenvolveu seu Time para que possa atuar de forma autônoma, desincumbindo-se de suas responsabilidades diárias;
• não definiu processos nos quais cada Colaborador tenha as informações necessárias para o cumprimento das atividades;
• não priorizou as atividades e entregas mais importantes;
• não terá suas demandas atendidas;
• não estabeleceu critérios para decisões e compartilhamentos necessários, ocorrendo perguntas ou dúvidas em excesso ou, falta deles, o que será pior.

Como quase 40 anos de experiência em consultoria empresarial, além de ter vivenciado diversas situações políticas e econômicas no Brasil e no mundo, a projeção da Wiabiliza é que este momento servirá para jogar luz a novos formatos de trabalho que estão sendo realizados agora, mas que somente aconteceriam em poucos anos à frente.

Projeções quanto à Gestão de operações, hierarquias e lideranças

As empresas adotarão, por decorrência de sobrevivência, ou por visão de futuro, modos muito diferentes de entregar seus produtos e resultados.

As empresas adotarão, por decorrência de sobrevivência, ou por visão de futuro, modos muito diferentes de entregar seus produtos e resultados.

As hierarquias tão respeitadas por compartimentarem Níveis, Responsabilidades e Decisões restritos a cada camada, as quais trazem altos custos para as Organizações, terão que rever suas “caixinhas” que aprenderão a atuar de forma mais prática e, lá na frente, muito mais eficazes.

A quebra da hierárquica significará que os Profissionais terão que ter visão sistêmica de seu Departamento e dos Negócios da Empresa, porque precisarão fazer suas entregas e alcançar resultados para se manterem empregados e valorizados, caso contrário, serão substituídos por outros que demonstrem ter ou desenvolveram competências e iniciativas que permitam que cumpram o esperado pelo Líder do Time.

A configuração deste Líder de Time também terá outra postura e visão de comando que recairá sobre cumprir planejamentos, operações e entregas dentro de prazos, quantidade e quantidades previamente definidas.

Este novo desenho, além de deixar para trás os velhos hábitos de mando – para passar a Comando de Times multidisciplinares, cujas características para atendimento de demandas contínuas ou para solução de problemas demandados pelo Mercado ou Cliente específico -, necessitará de ferramentas diferenciadas para composição desses Times a partir de alternativas rápidas, que apoiem na identificação de talentos, preferencialmente, aqueles internos, dado o tempo exíguo para movimentar-se no mercado externo, além das dificuldades e tempo que leva para absorção da cultura e missão da Empresa.

Em Empresas que trabalham sob projetos, os Times terão de ter competências para serem reagrupados com base em novos trabalhos, sob pena de gerarem altos custos com turnover.
O Agro detém potencial extremamente forte para atuar neste novo modelo, considerando que as Safras são períodos relativamente curtos, mostrando resultados ou perdas, erros ou acertos quase que de imediato.

Projeções pós COVID19

As Empresas e suas Lideranças, preocupadas com a sustentabilidade, precisarão:

• Ter a visão de atuar sob projetos.
• Construir Times e reagrupá-los será o mais adequado e rápido.
• Identificar Profissionais com Competências mais abrangentes e Iniciativas mais aguçadas será essencial para construção rápida de Times.
• Incorporar metodologias e ferramentas que permitam identificar e desenvolver o potencial dos Colaboradores, trabalhar a soma de capacidades e colaboração; as metodologias tradicionais que concentram energia nos pontos fracos e na ideia de um perfil ideal não respondem às novas formas de trabalhar e velocidade de resposta que precisamos conseguir de nossos times.
• Dotar a Empresa / RH com Ferramentas de avaliação que identifiquem o Potencial de hoje dos Colaboradores e não seus Gaps a serem revistos ao longo do tempo;

Adotar práticas de Remuneração que pagam mais a quem resolve mais, será a saída para constituição dos Times.

Abandonar a visão de que a Remuneração deve respeitar Níveis e Faixas Salariais será a grande quebra de paradigmas e, por isso, as Equipes de Trabalho serão substituídas por Times que representam melhor a temporariedade do grupo na solução de um problema ou condução de projetos.

Competências auto ajustáveis, visão sistêmica do Departamento e do Negócio da Empresa serão argumentos que diferenciarão os Profissionais.

A Remuneração será do Profissional e não mais do Nível ou Grupo Salarial, como é adotado nos modelos de Estruturas Organizacionais mantidos hoje na maioria das Empresas.

Não haverá mais paradigmas ou isonomia salarial, devendo a CLT se ajustar ao novo quadro, o qual predominará no mundo, uma vez que as fronteiras de negócios não existem mais.

Literalmente, o Profissional valerá o quanto “pesa” ou entrega, com competências abrangentes e multidisciplinares.

Novos cenários exigem novas visões e comportamentos, que foram provocados pela pandemia vivida neste momento.

Este quadro passará, mas a experiência de precisar se adaptar em tão pouco tempo, deixará marcas nos Colaboradores, Gestores e Organizações e revelará se todos estão prontos às mudanças tão radicais ou se, após passado o pressagio do apocalipse, voltarão ao status quo.

Aqueles que perceberem que foram colocados a prova e com capacidade de absorverem positivamente essa experiência como princípio das revisões que terão que fazer, sairão fortalecidos com nova visão de como ser Colaborador, como ser Gestor e como as Organizações deverão se estruturar para se manterem no jogo.

As regras mudarão e o jogo está prestes a começar. Com Times desintegrados, no caso do Brasil, continuaremos tomando de 7X1.

As Empresas serão beneficiadas, obtendo Times capazes de Entregas, agregação de valor ao negócio, Estruturas Organizacionais enxutas, ágeis e simples. A antiga, mas mordaz ação entre Gestores e Colaboradores nas puxadas de tapetes para poderem se manter ou subir na carreira, serão aniquiladas.

Relações Éticas e Compliance servirão somente para compor a Política da Organização, porque dificilmente haverá questões de intervenção ou análises necessárias para garantir a lisura da Empresa e de seus Colaboradores.

Mundo novo, novos desafios. Precisamos estar alertas!

Abraço a todos, somente pós COVID19!

Jorge Ruivo, Consultor/Diretor
Wiabiliza Soluções Empresariais

Aprender o verdadeiro valor das pessoas que estão ao nosso redor. É o exercício da empatia em doses diárias

Diante do atual cenário, a Wiabiliza, em conjunto com o Grupo Bom Jesus Agropecuária, trazem neste comunicado, informações a respeito de como as organizações já alteraram suas atitudes e vêm ressignificando seus valores e sua Cultura Organizacional:

• Cobrar resultados e não horários, deixando transbordar o que há de melhor nas Pessoas;
• DELEGAR responsabilidades, fazendo com que as PESSOAS se sintam prestigiadas e integradas ao negócio;
• Desenvolver CONFIANÇA na equipe, e estabelecer um ELO de lealdade entre Líder e Liderados;
• Oportunidade única de deixar para trás nossas crenças limitantes e desenvolver novas HABILIDADES e COMPORTAMENTOS. Momento de despertar nosso POTENCIAL;
• Ter equilíbrio entre trabalho e família. VALORES bases inegociáveis;
• Aprender o verdadeiro valor das PESSOAS que estão ao nosso redor, exercício da EMPATIA em doses diárias;
• Desenvolver a consciência coletiva, na qual o CUIDADO com o próximo torna-se um princípio essencial.

Depois de tudo, iremos perceber que não há limites para nossa EVOLUÇÃO. Tudo pode ser ressignificado, adaptado e modificado. A reatividade será um mero vício comportamental. Estamos em constante MUDANÇA e evolução do desenvolvimento humano.

Douglas Mistura, Diretor da BOM JESUS|AGRO