Busca pela excelência na Gestão Pública

 21 de março de 2014
Postado por Wiabiliza

Busca pela excelência na gestão pública envolve plano de carreira, cargos e salários para o funcionalismo. 

Por: Cibele Buoro.

O bom uso do dinheiro público e a transparências das contas tornam-se a marca de algumas administrações e ganharam força com a Lei de Acesso à Informação. São novas pautas sociais que agora se estendem para outros setores do governo, como a eficiente gestão dos serviços prestados pelos servidores. Para falar sobre esse assunto ouvimos o diretor da Wiabiliza Soluções Empresariais Jorge Ruivo, executivo com mais de 35 anos de experiência em RH, Gestão Empresarial, Remuneração e Gestão por Competência. Segundo Ruivo, os prefeitos devem ter como conceito que serviços melhor prestados com maior eficácia e comprometimento farão a diferença em sua gestão, possibilitando sua continuidade. Além disso, os gestores devem sair do círculo vicioso de que as prefeituras devem atuar com grandes contingentes de mão de obra.

“As prefeituras são os organismos mais próximos da população e é esta quem avalia, no dia a dia, o desempenho dessa gestão seja por suas ações e, principalmente, pelos funcionários que os atendem. Desta forma, manter os funcionários em equipes, extraindo o melhor deles é o mais fácil, entretanto, tem que ter regras claras e o Plano de Cargos e Salários tem esta função”.

Confiram a entrevista:

RPB – Jorge Ruivo, a considerar sua experiência em gestão de cargos e salários e de pessoas, como você avalia esses setores na administração pública?

Jorge Ruivo – Com o pleno emprego e grande demanda por mão de obra qualificada, o servidor público tem a opção de buscar o mercado privado, com salários até superiores, possibilidades de ascendência mais rápida. Aliado a isto existe também a combinação das carreiras caminharem mais rápidas junto com revisões salariais que agem por meio de políticas de mérito (revisão do salário dentro do mesmo cargo e nível), promoção (ocupação de cargos mais elevados na hierarquia) e participação nos resultados atrelados a conceitos de meritocracia, assunto que as administrações públicas ainda patinam.

A meritocracia, quando atrelada à ferramenta de gestão de desempenho que mede as competências necessárias de cada funcionário, facilita, justifica e sistematiza o acompanhamento de cada um deles, tornando as avaliações precisas e justas na concessão de méritos e promoções. Para concessão de um mérito no poder público, quando este mantém Plano de Cargos e Salários, o fazem com intervalos médios de dois anos, aplicando percentuais que variam entre 2% a 3%, enquanto as empresas privadas concedem reajustes entre 8% a 10% e normalmente possibilitam que isto aconteça em intervalos de um ano àqueles que se destacam mais em suas funções.

Nestas circunstâncias, vários servidores trocam a segurança por ganhos maiores. Este cenário contribui para que as melhores “cabeças” deixem a administração pública.

RPB – O que pode ser mudado? O que seria mais eficiente com relação aos gastos de recursos públicos com o funcionalismo?

Jorge Ruivo – Atuar com profissionais mais preparados e especializados. Desenvolver programas educacionais que assegurem o crescimento intelectual e a colocação em prática de conhecimentos adquiridos, focados na eficiência e desburocratização. Isto certamente provocará no maior envolvimento, maior comprometimento, mas devem estar acompanhados por profissionais com visão dos setores públicos e privados, capazes de qualificar e encontrar soluções para as diferenças entre os dois regimes.

Isto é possível de se fazer. A própria população reclama da burocracia, da falta de vontade e iniciativa de pessoas, as quais muitas vezes estão mal informadas, mal preparadas e mal qualificadas para executarem determinadas tarefas. É preciso avaliar, qualificar e realocar as pessoas em posições onde contribuam efetivamente. Aquelas que não se habilitarem ou se dispuserem a passar pela qualificação, ficarão sujeitas às sansões da legislação que em casos extremos pode terminar com uma exoneração.

Neste processo será a prefeitura atuando com visão de resultados, utilizando a mão de obra disponível para oferecer o melhor serviço, até porque o custo com a Folha de Pagamento já existe e deve se ter o melhor de cada um. Isto é como ter um carro último tipo, mas com os quatro pneus furados. O recurso esta aí, mas não pode ser utilizado. Acredito que os representantes públicos devam entender que os servidores herdados precisam se transformar em equipes, caso contrário, terão um conjunto de pessoas que caminham em direções próprias, sem alinhamento, sem destino comum. Todos perdem: os funcionários e os gestores, como prefeitos, secretários e todos os níveis.

RPB – Como esse novo modelo de remuneração com méritos e promoções dentro do funcionalismo pode ajudar a administração pública a ser mais eficiente?

Jorge Ruivo – As pessoas saberão que estão sendo acompanhadas em seu desempenho, o qual determinará quem pode ganhar mais ou ficar estagnado na carreira, quem terá oportunidade de se desenvolver e aplicar conhecimentos buscados no mercado e fazer a diferença em sua área.

Isto incentiva comportamentos progressistas, engajados, motivados para fazer mais e melhor de pessoas que estão no cargo certo e remunerado de forma adequada.

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