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“O Brasil só começa a funcionar depois do carnaval” – essa frase faz parte da lista de ditados dos brasileiros. Mas será que é assim mesmo?

Vejamos:

Pensando de forma operacional, o Brasil nunca para ou, pelo menos, achamos que não!

Normalmente, as áreas de bens e serviços não geram pausas, estão quase sempre disponíveis. Lojas, bares, restaurantes, shoppings, parques, hospitais, etc. continuam em plena atividade. Isso significa que o Brasil operacional nunca para.

O que de fato para do Natal até o Carnaval, são as tomadas de decisões. Mas será que isso realmente acontece?

Via de regra, o momento de festividades de final de ano, e grande parte do mês de janeiro, são utilizados como período de descanso, recesso ou “férias” pelos executivos e tomadores de decisão. E essa “pausa” pode reduzir o número de decisões estratégicas, o que significaria que o Brasil Estratégico fica em suspensão até o retorno dos mesmos.

No entanto, vivemos um momento diferente em nosso planeta – a pandemia do COVID-19 – e, por conta do alto risco de contágio com as aglomerações de foliões, o Carnaval já foi cancelado em pelo menos 20 estados Brasileiros até o momento, incluindo as cidades de Salvador e Rio de Janeiro, tradicionais polos carnavalescos.

Pensando nisso, será que podemos considerar que, excepcionalmente em 2021, as decisões estratégicas (Por exemplo, contratações, demissões, cortes de custos, investimentos em marketing, mudanças nos preços, mudança nas lideranças, cobertura de vendas, etc.) serão tomadas já antes do que seria o Carnaval?

A partir dessas considerações, elaboramos um questionário disponibilizado para mais de 3.500 contatos da base de relacionamento da Wiabiliza a fim de, através de suas respostas, compreender como as empresas no Brasil estão vendo este momento e, se a se valer de todas os desafios de 2020, desde já tomarão as decisões estratégicas que irão pautar o seu sucesso ao longo do ano.

E aqui está um resumo das respostas obtidas:

1. Qual o segmento de atuação da empresa em que você trabalha?

2. Número de Colaboradores efetivos que fazem parte do quadro de pessoal da empresa

3. Região de sua Empresa

4. Sua empresa pretende conceder os dias de folga para o “feriado de Carnaval” em 2021?

5. Considerando que na questão anterior, foi assinalado que haverá expediente normal durante o período de Carnaval, como você acredita que será a resposta de seu time?

6. Sua empresa tem por hábito tomar decisões estratégicas em qual período?

7. Considerando que o plano orçamentário da sua Empresa já está devidamente aprovado para o próximo ciclo (2021), alguns dos investimentos nele definidos serão contemplados desde agora? (Ex: tecnologia, consultoria de projetos, expansão de unidade, etc.)

8. O Home-Office se popularizou no ano de 2020 e, por conta da pandemia, houveram muitos aprendizados com tudo isso, em especial na capacidade de entrega das equipes e influência das lideranças. A partir de 2021, sua empresa já decidiu como será o modelo de trabalho, em áreas onde couber essa modalidade?

9. Vários setores econômicos se sobressaíram na pandemia e aumentaram o quadro de funcionários para suprir a demanda. Porém, é clássico em nossa cultura que o início do ano seja sempre um pouco mais retraído no aspecto de consumo. Tendo em vista esta situação, excepcionalmente o que sua empresa pretende fazer com esta mão-de-obra a partir de 01/2021?

10. Faz parte da cultura de sua empresa a concessão de férias aos executivos e/ou tomadores de decisão entre os meses de janeiro e fevereiro?

11. No período em que os executivos/tomadores de decisão se ausentam da empresa por férias, licença, etc., como ficam as questões urgentes que necessitem de decisões rápidas?

12. Levando-se em consideração o êxito de alguns colaboradores em 2020, sua empresa pensa em ações para mantê-los engajados como: promoção, reajuste salarial, reconhecimento público, etc., já a partir de janeiro?

A partir da observação, interpretação e análise dos dados coletados, é possível inferir que essa percepção sobre “a economia só iniciar após o Carnaval” apresenta-se equivocada, pelo menos nos setores privados analisados.

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