Equidade Salarial: Uma Nova Fronteira para a Gestão de Pessoas
No dia 27 de novembro de 2023, uma importante legislação entrou em vigor, trazendo consigo desafios e oportunidades para o cenário empresarial brasileiro. Trata-se da regulamentação do Decreto nº 11.795, que visa garantir a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens nos ambientes de trabalho. Mas, além de ser uma medida legal, essa legislação é também um chamado à ação para os profissionais de Gestão de Pessoas, que desempenham um papel crucial na implementação e na mitigação dos riscos associados a essa nova realidade.
O cerne dessa legislação é o Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, que exige das empresas a divulgação detalhada de suas práticas salariais, e incluindo dados como o percentual de mulheres, homens, mulheres negras, homens negros etc. Essa transparência não apenas cumpre com as exigências legais, mas também é essencial para mitigar riscos relacionados à discriminação salarial e à desigualdade de gênero, que podem gerar processos trabalhistas, afetar a reputação da empresa e sofrer multas pelo descumprimento da legislação.
No entanto, a mera divulgação de informações não é suficiente. As empresas também devem elaborar um Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial, que inclua medidas concretas para corrigir qualquer disparidade identificada. Nesse sentido, a implementação de programas de Cargos e Salários se torna crucial, pois permite uma análise detalhada das estruturas salariais e a definição de políticas remuneratórias mais justas e transparentes.
Além disso, a avaliação de desempenho por competências se revela como uma ferramenta fundamental para garantir a imparcialidade na progressão e na ascensão dos colaboradores. Ao basear as promoções em critérios objetivos e mensuráveis, as empresas reduzem os riscos de discriminação e promovem uma cultura organizacional mais meritocrática.
Outro ponto-chave é o desenvolvimento de lideranças e equipes, que se mostra essencial para fomentar uma cultura de diversidade e inclusão. Líderes capacitados são fundamentais para promover um ambiente de trabalho onde todos os colaboradores sintam-se valorizados e respeitados, independentemente de seu gênero.
No aspecto jurídico, a visão sobreposta dos riscos torna-se evidente. Empresas que negligenciarem a implementação de medidas para garantir a equidade salarial podem enfrentar consequências legais severas, incluindo multas e processos judiciais. Portanto, é essencial que os profissionais de Gestão de Pessoas estejam atentos às exigências legais e ajam proativamente para garantir a conformidade de suas organizações.
Em suma, a equidade salarial não é apenas uma questão de conformidade legal, mas sim uma oportunidade para as empresas promoverem uma cultura organizacional mais justa, inclusiva e produtiva. E nesse desafio, os profissionais de Gestão de Pessoas desempenham um papel central, sendo responsáveis por liderar e orientar suas organizações rumo a um futuro mais igualitário e sustentável.
Diante desse cenário, é imprescindível contar com o auxílio de especialistas na análise de suas práticas salariais, na elaboração de planos de ação eficazes e na implementação de programas de desenvolvimento organizacional que mitigue riscos e dê tranquilidade e suporte as empresas para tocarem o dia a dia sem sustos. Precisando de maiores informações, fale conosco!